Roseira. Boas lembranças.

Roseira. Boas lembranças.

Reinaldo Cabral


Roseira completa 47 anos, no dia 21 de março e eu cá a preparar uma rápida crônica para essa edição, resgato, então, lá nos arquivos quase que compactados de minha memória, onde estão minhas primeiras lembranças dessa simpática cidade, e com certeza, também, as primeiras lembranças de tantos outros contemporâneos. Em todo início de adolescência buscamos para além de nossas janelas e quintais. Uma estrada tranquila. O Destino era Roseira, e lá íamos nós. Onde aportávamos, havia os manguezais e ancorávamos nossas “magrelas-Bicicletas”, e em suas sombras as horas pareciam não ter fim.

Não quero poetar, mas acima “exalava” o azul, as abelhas em busca do néctar. O doce, o som do pequeno riacho fazia o acompanhamento dos pássaros, e as borboletas nos rodeavam. Com o passar do tempo os destinos foram às praças nas domingueiras noites de Roseira, tempo dos cinemas nas praças. E as drogas não nos atordoavam. E assim foi se um tempo.

Há um charme em Roseira, com seu rio de margens apedrejada, suas luminárias, sua ampla praça com o nome do Papa João Paulo II, sua avenida principal, floridas no canteiro central, a qual dá acesso à matriz e à Praça Santana, o aconchegante “empório, cafeteira” e uma linha férrea guardando a estação de um tempo quase perdido.

Coincidentemente, no acesso ao Bairro do Bonfim, encontramos o cemitério e a calmaria do Mosteiro dos Oblatos em Cristo. Próximo ao caminho empoeirado do príncipe, hoje transformado em negro asfalto. As mariquinhas não as vi. E a árvore centenária ainda resiste.

Nas fotos do "arquivo saudade" estão o Bairro do Pedro Lemes, onde fotografei o senhor dos olhos azuis, que recentemente se despediu de nós, apenas fisicamente; a igreja de Nossa Senhora da Piedade, quando do retorno das festas do Bonfim; as festas de agosto de Roseira Velha, suas rosas, suas velas, sua procissão, seus andores, quando a tarde se entrega à noite e ao lume das estrelas.

Por fim, cidade acolhedora onde fiz e faço amigos, por aí e por lá, entre eles, o poeta, o homem público, o político, policial, o empresário, o comerciante, o padre, o ex-jogador de futebol e tantos outros profissionais que constroem. E claro, espero a amizade de quem lê essa singela crônica em homenagem aos 47 anos de Roseira .

Você!

Dedico essa crônica ao poeta Roseirense ‘Tamir’








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